Vida, vida, vida.
Leve como o vento
E pesada como
o aço
Aço afiado que corta e sangra
Vento gelado que sopra e amansa
Chicotes me açoitam, mas invisíveis são.
Choro e sangro
Mas as lágrimas e o meu sangue invisíveis são
Ouço vozes a gritar
A dizer palavrões
A me irritar
Meus ouvidos doem, mas não querem saber.
Coro de vozes e eu triste
Cada vez mais triste
Me
sinto der
re
ter em minha própria agonia
Me vejo morrer e querem mesmo que eu morra
Sinais de crueldade e mágoas
Brasa queimando meus olhos
Dúvida atormentando minha mente
Beleza e incômodo
Tesão e desgosto
Pele e desprezo
De um lado um anjo /// Do outro o demônio
O fogo me hipnotiza
O inferno me atrai
Quero beber e me suicidar
Quero sair e me lançar da sacada nos braços de alguém
Mas ele vai me deixar
C
A
I
R
Eu sei
Vai me deixar ali
Estirada ao chão
Vai pisar em mim
E eu vou me deixar pisar
Vou me humilhar
Mais uma vez sofrer
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