No excesso de palavras palavras palavras palavras
palavras
Um beijo que cala para matar a sede
Faz com que a sede aumente
E possa arruinar uma vida
E quanto mais vejo seu corpo
Mais sinto a incompreensão do que escrevo
Do que te digo e do que silencio
São segredos de um labirinto particular
E um contorno perfeito
Às vezes as palavras me perturbam
Às vezes me excedo por elas
E as vejo tão insignificantes perante o que sinto
Que me agonizo
Ódio do mundo
Raiva por não conseguir te convencer
Com essas idiotices que acho nos dicionários
Fúteis e vazios de Sentimentos
As estrelas do céu da noite não pedem para brilhar
Não GRITAM
Não pronunciam um ruído sequer
Eu peço
E não arranco dos seus olhos uma faísca
As flores nos arbustos não param para se ajoelhar
Eu me arrasto
E nessa hora
Nem o silêncio e as palavras me servirão de consolo e
ajuda
A doçura celeste jamais precisou de explicações
Nem de adjetivos
A língua que gira e toca o céu da boca
Nunca precisou de ensinamentos
E não tem vergonha da sua direção >><< e
desejos
O sexo não precisa de narração
Nem história
Muito menos de convencimento
Eu e você não viemos de frases ou denominações
Viemos do que possuímos
E as pessoas não são capazes de entender
Mesmo que queiram
Mesmo que tentem
01/06/2004
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