sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Mediocridade



Incógnitas sussurradas ultrapassam meus sentidos
Algo de belo
E terrível suspira
Minha pele vibra
E emudece
Senti ardências de amor
Prazer
E dor
Mescladas em segundos possuídos
De uma enorme sensação de querer me entregar
E me entregar trouxe de volta a pureza da noite
E as lágrimas ao vento
Achamos coisas demais
Porém
Preciso das certezas
Ouço a voz do silêncio me roubar o sono
E um misto de pensamentos me roubarem à calma
Nada é eterno enquanto as emoções
São |p|r|e|s|a|s| a convenções
E ambições
Meu amor não está à venda
Meu corpo também não
Se me amas até certo ponto
É porque seu amor não passa de mediocridade
E se ser medíocre é tentar ser feliz
Prefiro rios de lamentações
Mas furacões de sentimentos
Jamais entenderei um amor finito e medido
Nunca concordarei em sentir assim
Ou se ama tudo
Ou não há amor
Mas somos incógnitas
Tudo não passa de tormentos em vidas desencontradas
Diferentes e teimosas
E quando à hora e o retorno chegarem
Aí sim
Depois de tudo haverá um final
Triste, alegre ou entediante
Entretanto
No meio houve uma história
E histórias de amor são sempre bem vindas

12/04/2005

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