sábado, 1 de dezembro de 2012

Solidão



Num instante de solidão
Apresentam-se os fracassos
Todas as culpas
E arrependimentos
    A dor trans
borda em lágrimas
Sua face não é mais você
Seus sonhos infundados te atormentam
Te diminuem
Te esmagam
Te fazem notar sua insignificância
O quanto você é estreito
O quanto sofre
E agoniza
As mãos
vazias
O corpo gelado
E necessitado de amor
Olhos perdidos
Mente coufnsa
E atormentada
Ar sufocado
Aperto no peito
Você está sozinho
E não sabe como lidar com isso
O silêncio é angustiante
E a saudade o preenche
E saudade é saudade
Sempre vem com a sensação de perda
Ou para lembrar a imensa falta que alguém te faz
Talvez
Simplesmente para te fazer entender
Que as pessoas são importantes
E quando puder estar com elas
Valorize cada segundo
E gesto
Depois dos momentos
Em algum lugar
Alguma ocasião
Você vai se lembrar
E sentir saudade
Se puder rir
Sorria
Se sentir o que eu sinto
Então chore
Numa tentativa de extravasar
Quebrar o silêncio com soluços
Adormecer em meio à dor
E poder sonhar
No meio de todos os significados
Existe amor demais
Desses desmedidos
Apaixonados
Que ferem apenas por saber
Que a cada segundo de solidão
Perde-se um sorriso
Um olhar
Você não vê as pequenas coisas acontecerem
Mas elas acontecem sem a sua presença
Sem o seu consentimento
Sem que você possa interferir
Ou apenas compartilhar
E no meio do nada
Onde ambos procuram algo
Você se agarra às lembranças
Como uma fuga
Ou uma maneira de se iludir
E tentar sentir a felicidade presente ali
E que                                   foge agora
Vocês estão                           tão longe
Seus corações se precisam tanto
E doem pela teimosia em ficar só
Quando nesse segundo em que escrevo
Poderia estar com as minhas mãos preenchidas
(Pelas suas)
E falando de amor
Ou bobagens
E não tendo que relatar meu sofrimento
Para ter algo para fazer
Que me tire dessa solidão
Dessa casa vazia
Dessas paredes mórbidas

04/06/2005 – 23:05h.

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